Monday, February 21, 2011

Snatcher

Snatcher é o segundo jogo a ser resenhado aqui, o primeiro sendo Front Mission, a um mês atrás.


Originalmente lançado para as plataformas NEC PC-8801 e MSX, Snatcher foi localizado para o mercado norte-americano em 1994 para o Sega CD, que é a versão aqui comentada.

A história se passa no ano de 2046 e o jogador assume o papel de Gillian Seed, um policial que sofre de amnésia designado para enfrentar a ameaça dos Snatchers, bioroids que têm matado e tomado o lugar das pessoas na sociedade.

Snatcher é basicamente um jogo de texto, com opções a serem escolhidas pelo jogador, como falar, usar, investigar e etc. Ou seja, o gameplay é todo baseado em menus e não há controle sob os personagens como em um jogo convencional. É quase que um point n' click, sem o point n' click. Apenas menus. Você escolhe a sua ação e o resultado aparece na animação e/ou mudança de tela. E há um grande leque de escolhas e a liberdade é ímpar. Você pode se movimentar do QG da polícia para sua casa, se barbear, usar o video fone, usar o carro, entre outros, como bem entender. Snatcher é um jogo bem imersivo, e essa liberdade de escolhas ajuda a nos sentir dentro de seu mundo.

Alguns aspectos comentados:

Gráficos: animações desenhadas a mão é a norma e o jogo todo é baseado nelas. Em 1988, com certeza foi algo novo mas mais de 20 anos mais tarde o look do jogo é datado, mas não obsoleto. As animações são bem produzidas e seguram o interesse do jogador, principalmente pelo design inspirado dos personagens e das ambientações.

Gillian Seed
Som: composições ambientes ajudam a definir o estado de espírito que o jogo pretende passar e é um dos grandes destaques de Snatcher. Tantos anos depois de seu lançamento, as músicas se mantêm atuais.
Convém mencionar também que Snatcher é quase que inteiramente dublado, e em um jogo de texto, esse é um fator importante na imersão que o jogador pode ou não sentir. Aqui, a dublagem merece todo o louvor pela qualidade da produção e não é difícil pensar em outro jogo produzido por Hideo Kojima que seria lançado alguns anos depois que também possui essa mesma qualidade. Isso mesmo, estou falando de Metal Gear Solid para o PlayStation. MGS foi extremamente bem avaliado, com a dublagem recebendo destaque e jogando Snatcher já percebe-se esse cuidado especial para esse aspecto.

Gameplay: a jogabilidade em um jogo como Snatcher é difícil de ser criticada exatamente pela proposta do jogo: totalmente baseado em menus e textos, Snatcher é mais um jogo ou livro interativos do que qualquer outra coisa. Point n' click sem o point n' click. Lembre-se disso.
Há porções do jogo em que há uso de armas e um cursor serve de mira para atirar, mas além disso, só menus e textos mesmo.

O apelo de Snatcher é exatamente ser como um livro interativo, uma visual novel, portanto requer paciência e com certeza não é para todos.
Com uma história bem parecida com Blade Runner, no qual um policial é designado para caçar e eliminar andróides, Snatcher consegue se destacar dentro do gênero e mesmo depois de 20 anos de seu lançamento, é uma boa pedida de jogo cyberpunk. Boa não. Excelente!

Essa resenha foi escrita antes de eu terminar Snatcher. Provavelmente quando eu o terminar vou escrever uma análise mais profunda do jogo porque ele certamente merece!

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